O primeiro caso que levou à queda do Governo de Santana Lopes teve lugar logo no dia da tomada de posse dos secretários de Estado, a 21 de Julho de 2004, quando Teresa Caeiro passou da Defesa para a Cultura, por ordem do primeiro-ministro. Dois meses depois, Santana anuncia a criação de taxas moderadoras diferenciadas no SNS - o que leva Jorge Sampaio a intervir, deixando antever o veto caso Santana avançasse. No dia seguinte, 23 de Setembro, o início do ano lectivo é adiado por erros nas listas de colocações de professores. As críticas de Marcelo Rebelo de Sousa e a resposta de Rui Gomes da Silva - considerada pressão do Governo - são mais achas na fogueira a que Santana estava condenado. A 20 de Outubro, o primeiro-ministro contradiz o seu ministro das Finanças, Bagão Felix, e anuncia nova descida do IRS. A gota de água é quando Henrique Chaves se demite de ministro do Desporto, três dias depois de ser nomeado, na remodelação de 20 de Novembro. O governo de Santana cai a dia 30 do mesmo mês.
Fonte: Diário Económico 9 Maio 2008, p. 5.
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