04 junho 2009

O que se disse do discurso de Obama no Cairo

Comunicado da presidência do Conselho de Ministros de Israel

"Esta mensagem directa, séria e corajosa do Presidente Obama ao mundo islâmico constitui um encorajamento aos elementos moderados que aspiram à paz"

Comunicado do ministro israelita da Defesa, Ehud Barak

“As nossas relações com os americanos são baseadas na amizade e não na submissão. Na questão do crescimento natural dos colonatos, é preciso dizer aos americanos que não passem os limites”

Daniel Herschkowitz, ministro das Ciências e líder do partido religioso nacionalista Casa Judaica

“O discurso de Obama é mais uma prova de que Netanyahu não percebeu bem a política dos Estados Unidos. A política dos EUA é igual à do Kadima, e é uma infelicidade que Netanyahu não seja capaz de aceitar a ideia de dois estados por razões políticas”

Ze’ev Boim, deputado do Kadima, na oposição em Israel

“Há muitas contradições, mas reflecte uma mudança tangível. (...) Uma das contradições reside no facto de ele ter dito que o Hamas é apoiado pelo povo palestiniano mas não apelou ao respeito da legitimidade do Hamas que ofi democraticamente eleito”

Fawzi Barhoum, porta-voz do Hamas

“O discurso de Obama é um bom começo e um passo importante em direcção a uma nova política americana. O seu apelo ao fim dos colonatos e pelo estabelecimento de um Estado palestiniano, e a sua referência ao sofrimento dos palestinianos (...) é uma mensagem clara para Israel de que uma paz justa pode ser construída com base num Estado palestiniano com Jerusalém como capital”

Nabil Abu Rudeina, porta-voz da Autoridade Palestiniana

“O discurso foi histórico e importante e reflecte uma direcção positiva da nova administração. É um novo começo.(...) O uso de citações do Corão foi um passo importante (...) O Governo do Iraque está confortável com a clareza com que o Presidente em relação aos compromissos e o calendário de retirada das tropas”

Ali al-Dabbagh, porta-voz do Governo iraquiano

“Foi um discurso notável, um discurso que sem qualquer dúvida vai ser uma nova página nas relações com o mundo árabe e muçulmano e espero que nos problemas que temos em vários locais na região”

Javier Solana, alto-representante da UE para a Política Externa

“A América está a adoptar pela primeira vez uma estratégia muito sensata de reconhecimento do outro e isso foi claro em cada palavra escolhida pelo Presidente Obama”

Randa Achmawi, editor diplomático do jornal egípcio Al-Ahram

“A mensagem de reconciliação e novo começo será bem recebida. Se terá sucesso em fazer uma ponte, isso levará tempo a saber”

Khalid al-Dakhil, analista político saudita

“O mundo islâmico não precisa de sermões morais ou políticos”

Hassan Fadlallah, deputado do movimento xiita libanês Hezbollah

“[Obama] pode fazer mais alguns discursos mas as pessoas vão começar a perguntar: o que é que vai mudar?”

Mohammad Marandi, chefe dos estudos norte-americanos da Universidade de Teerão

“O ponto mais forte foi provavelmente de que a situação dos palestinianos é intolerável. (...) Acho que vai conseguir gerar boa vontade”

Issandr al-Amrani, analista egípcio

Fontes: Reuters, AFP, "Ha’aretz"





Positivo: Nabil Abu Rudeina e Daniel Herschkowitz

Negativo: Ehud Barak e Khalid al-Dakhil

Sem comentários: